Os governos precisam agir rapidamente a favor do aumento da idade mínima da aposentadoria, para acima de 65 anos, e da diminuição das barreiras que impedem pessoas mais velhas de trabalharem, com a finalidade de manter os sistemas de pensões sustentáveis, alertou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A OCDE mostra, em seu documento “Visão sobre aposentadorias 2011”, que a expectativa de vida em diversos países, sobretudo nos industrializados, subiu muito mais rápido que o aumento planejado da idade mínima para aposentadoria. A organização avalia que a expectativa de vida já aumentou, em média, dois anos para homens e um ano e meio para mulheres. Isso, segundo a organização, torna as atuais reformas pouco eficientes. Atualmente, apenas poucos países, como Dinamarca e Suécia, pretendem relacionar as idades mínimas de aposentadoria aos futuros aumentos da expectativa de vida.
Dados da OCDE mostram que é crescente o número de pessoas acima dos 65 anos que ainda atuam no mercado de trabalho e que isso não reduz as oportunidades de emprego para os jovens.
A organização ainda espera que os governos façam mais do que apenas aumentar a idade mínima de aposentadoria, como combater o preconceito com idosos no mercado de trabalho e implementar programas que ensinem novas técnicas aos trabalhadores mais velhos.
Por último, o estudo revelou que apenas cinco dos 34 países-membro da OCDE efetivamente aumentaram a idade mínima para aposentadoria. Caso nenhuma mudança seja feita em outros 23 países que compõe a organização, os fundos de pensão crescerão, em média, de 9,2% para 18% do Produto Interno Bruto (PIB).
* Artigo: “Crescimento da expectativa de vida no mundo é muito superior ao da idade para se aposentar, fato que sobrecarrega os sistemas de pensão dos países.” Extraído do Site: Revista Veja, 17/03/2011.
Instituto de Previdência de Santa Catarina
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