Natural de Capinzal, o senhor Lourenço Brancher foi deputado em plena Ditadura Militar, de 1967 a 1971. Sua atuação como superintendente regional do IAPs (Institutos de Aposentadorias e Pensões) o fez ser convidado para assumir a presidência do IPESC em 1990, após a saída de Dalibar Dalil Mansur, onde permaneceu até 1991.
Para Brancher, o que marcou sua administração foi a contenção de despesas no período. A realização de estudos atuariais também foi destaque na sua fala: Saber a quantidade de segurados, quais eram os compromissos, qual era a previsão de despesa que se tinha, qual era a necessidade de recursos. Então isso foi muito importante (…).
Outro ponto abordado na entrevista foi o primeiro convênio realizado com a Unimed para atendimento de servidores que se encontravam em Brasília a serviço:
"Nós recebemos muitos elogios dos servidores, cartas comoventes que nos mandaram agradecendo. Estavam contribuindo e não tinham assistência nenhuma lá. Então cada ano iam lá funcionários para credenciar médicos e depois uma reclamação muito grande, os médicos eram credenciados mas praticamente não atendiam. E com esse sistema da Unimed foi fantástico para os servidores."
Por fim, Brancher narrou sua experiência na vida política durante a Ditadura:
"Aqui em Santa Catarina era muito complicado porque, por exemplo, era a sede do quinto distrito naval. Não tinha nada de navegação aqui em Florianópolis, mas tinha a sede do quinto distrito. Agora foi transferido para o Rio Grande do Sul, parece-me. Mas então esses caras tinham que mostrar serviço. Quando começava a sessão na Assembléia vinha e sentava dois, quatro militares. Pegavam fita dos discursos que eram feitos para levar as gravações. Era uma coisa muito difícil."
A entrevista na íntegra pode ser encontrada na Biblioteca do IPREV.
Instituto de Previdência de Santa Catarina
Assessoria de Comunicação