Os investidores que possuem recursos aplicados em fundos de investimentos atrelados à inflação (IMA-B) ou pré-fixados (IRF-M) têm demonstrado preocupação com a alta volatilidade e rentabilidades negativas ocorridas neste ano.
Apesar desses índices serem compostos somente por títulos públicos federais, que são considerados os ativos com menor risco do mercado financeiro, os preços desses títulos são calculados diariamente (marcação a mercado) e sofrem influência de diversos fatores.
Neste ano a queda na rentabilidade teve como principal determinante a alteração da taxa de juros básica da economia (Selic), que, até janeiro deste ano, mostrava-se com tendência de queda e que a partir desta data tem apresentado tendência de elevação. Esse movimento de alta da taxa Selic teve como motivador a pressão inflacionária.
Nos últimos dias, outros eventos contribuíram fortemente para a performance negativa dos IMAs quais sejam: pronunciamentos do Governo norte-americano sinalizando o fim do programa de compra de títulos; a alta da taxa de juros dos títulos do Tesouro Americano; a alteração do viés na nota de rating do Brasil pela Agência S&P, atribuindo maior risco aos títulos brasileiros e. a alteração da alíquota de IOF incidente sobre as aplicações de investidores estrangeiros.
Na avaliação dos analistas de mercado os eventos acima listados provocaram fuga de capital estrangeiro dos países emergentes. No Brasil tivemos um grande volume de venda de Títulos Públicos brasileiros o que reforçou a queda nos preços desses papéis.
Lembramos que a alocação dos recursos dos RPPS deve ser pautada pela análise do risco e retorno de cada opção, considerando também o fluxo de obrigações no curto, médio e longo prazo. Ressaltamos, ainda, que, apesar da volatilidade do IMA-B no ano de 2013, a performance histórica desse índice ainda é superior à meta atuarial dos RPPS e à rentabilidade do CDI (retorno acumulado do IMA-B de 01/01/10 a 12-/06/13 foi de 55,14% enquanto a Meta atuarial (IPCA+6%) foi de 50,20% e o índice CDI, no mesmo período, alcançou uma rentabilidade acumulada de 36,83%).
Fonte: Banco do Brasil
Instituto de Previdência de Santa Catarina
Assessoria de Comunicação